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"Uma pessoa de raros dons intelectuais, obrigada a fazer um trabalho apenas útil, é como um jarro valioso, com as mais lindas pinturas, usado como pote de cozinha" Schopenhauer

segunda-feira, 9 de março de 2015

Brasileiros criam drone com maior capacidade de mapeamento do mundo


Foi desenvolvido no Brasil o drone que pode ser considerado o mini-VANT com maior capacidade de mapeamento do mundo. O modelo, de nome Echar 20B, foi construído pela XMobots e entrou em pré-venda nesta semana.

O dispositivo pesa 7 kg e possui autonomia de até 2 horas. Soma-se a isso uma câmera de 36 MP e sua capacidade de mapeamento chega aos 44 km². Seus principais concorrentes são um modelo sueco e outro esloveno que têm, respectivamente, câmeras de 12 MP e 24 MP e capacidades de 12 km² e 15 km².

A estrutura do Echar 20B é fabricada em kevlar, material usado em coletes a prova de balas, e o procedimento de pouso conta com auxílio de um paraquedas. A XMobots desenvolveu uma catapulta para a decolagem, assim o drone pode circular em locais onde não há pista de voo. “Isso também faz com que o operador de campo não precise ter habilidades de piloto de aeromodelo, tornando a operação extremamente simples”, explica Giovani Amianti, presidente da empresa.

O modelo mais modesto do Echar 20B custa R$ 138 mil, mas o preço pode chegar a R$ 270 mil, dependendo das configurações. O lançamento comercial será realizado em maio deste ano.


Fonte: Olhar Digital


domingo, 8 de março de 2015

Dados de satélite indicam que o desmatamento está a acelerar no mundo



Imagens de satélite indicam que as florestas tropicais, da Amazônia às Filipinas, estão a desaparecer num ritmo mais acelerado do que se imaginava, afirmou uma equipe de pesquisadores florestais da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos.
A taxa anual de desmatamento entre 1990 e 2010 foi 62 por cento mais alta do que na década anterior, e acima das estimativas, de acordo com um estudo conduzido com mapas de satélites que cobrem 80 por cento das florestas tropicais do mundo. O novo estudo questiona um levantamento do Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), que indicou que o ritmo do desmatamento diminuiu 25 por centro entre 1990 e 2010.
Até agora, “o relatório Avaliação de Recursos das Florestas (FRA, na sigla em inglês) da FAO era a única fonte disponível para estimar a mudança de longo prazo nas florestas e suas tendências”, disse Do-Hyung Kim, principal autor do estudo, que deve ser publicado no periódico Geophysical Research Letters.
“Entretanto, o relatório da FAO foi criticado pela falta de consistência de seus métodos de pesquisa e da definição do que é uma floresta. O nosso resultado é importante por fornecermos uma alternativa ao FRA baseada em imagens de satélite”, afirmou.
O levantamento da FAO baseou-se em grande parte em relatos dos próprios países onde estão as florestas tropicais, disse Kim. Em comparação, ele e os seus colegas da Universidade de Maryland analisaram 5.444 imagens da rede de satélites Landsat de 1990, 2000, 2005 e 2010 para avaliar quanto de floresta perdeu-se ou recuperou-se em 34 países, que representam cerca de 80 por cento das florestas tropicais do mundo.
No período entre 1990 e 2000, a taxa anual de desmatamento em todos os países foi de quatro milhões de hectares por ano, segundo o estudo. Entre 2000 e 2010, a taxa de desmatamento chegou a 6,5 milhões de hectares por ano, um aumento de 62 por cento – uma área florestal do tamanho do Sri Lanka por ano.


América Latina lidera desmatamento


O estudo revelou que a América Latina tropical teve as maiores taxas de desmatamento anuais – 1,4 milhão de hectares por ano entre os anos 1990 e 2000. O Brasil liderou a lista, com um desmatamento anual de 0,6 milhão de hectare por ano.
A Ásia tropical teve a segunda maior alta, 0,8 milhão de hectares por ano, liderada por países como Indonésia, Malásia, Camboja, Tailândia e Filipinas, e a África tropical teve a menor incidência anual de desmatamento, apesar do aumento constante devido aos cortes principalmente na República Democrática do Congo e em Madagascar.
Entretanto, Rodney Keenan, pesquisador florestal da Universidade de Melbourne que participou do último levantamento da FAO, declarou que o relatório da agência pode não ser tão inexacto quanto parece.
“O estudo de Kim só usou imagens automáticas geradas remotamente. Isso oferece um quadro de um aspecto da mudança florestal, enquanto as estimativas no local e a gerência de informações oferecem outras perspectivas”, como saber se as terras desmatadas serão reflorestadas, disse ele.
Kim, por sua vez, afirmou que o FRA não captou sinais de desmatamento óbvios nas imagens de satélite. A FAO deve publicar uma avaliação florestal actualizada em Setembro no Congresso Florestal Mundial.



Fonte: verdade.co.mz

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Opinião: Georreferenciamento/Geoposicionamento: um pouco da história

Adriane Brill Thum*


Em 1957 os russos lançaram o satélite Sputinik. No ano seguinte, os americanos lançaram o satélite Vanguard, dando início ao desenvolvimento do sistema Navstar (Navigation Satellite with Timing and Ranging). O uso civil do sistema Navy Navigation Satellite System (NNSS), chamado de Transit, iniciou em 1967. Passado seis anos, em 1973, iniciou-se o desenvolvimento do GPS (Global Positioning System), atualmente GNSS (Global NavigationSatellite System), tecnologia que chegou ao Brasil nas décadas de 80 e 90.

O surgimento dos PCs – computadores pessoais -, os sistemas gerenciadores de bancos de dados relacionais, as bases de dados facilitadas, a WEB consolidada, a intranet e os aplicativos simples fez aumentar significativamente os usuários no final dos anos 90.

Posteriormente, nascem as Geotecnologias, como o Google Maps, o Google Earth, o WikiMapia, as imagens de satélite, os modelos 3D e o Bing Maps, além do uso intensivo da internet. Atualmente, tudo isso está à disposição dos técnicos, além das estações totais, Laser scanner, Vant’s, Drones e softwares de processamento cada vez mais amigáveis.

A incorporação definitiva da eletrônica nos equipamentos e a proliferação de aplicativos utilizados para o processamento de dados provenientes de diferentes fontes permitiram a integração da topografia tradicional aos modermos métodos de levantamento, tornando a nossa prática de levantamentos topográficos mais eficiente e precisa. Aliado às mudanças tecnológicas, surgiu a Lei Federal 10.267 de 2001, que trata do Cadastro Nacional de Imóveis Rurais (CNIR), a ser gerenciado em conjunto pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e Secretaria da Receita Federal, mudando os paradigmas e o contexto de trabalho que exige uma postura diferenciada por parte dos profissionais que atuam na área de mensuração.

A Lei n. 10.267/01 do Georreferenciamento de Imóveis Rurais altera dispositivos das leis números 4.947, de 6 de abril de 1966, 5.868, de 12 de dezembro de 1972, 6.015, de 31 de dezembro de 1973, 6.739, de 5 de dezembro de 1979, e a lei número 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e dá outras providências.

O principal objetivo da lei é em conformidade com a norma técnica para georreferenciamento de imóveis rurais darem garantia ao proprietário da confiabilidade na geometria descritiva do imóvel, de forma a dirimir conflitos decorrentes de sobreposição de limites dos imóveis lindeiros.

O Geoprocessamento utiliza técnicas matemáticas e computacionais para o tratamento das informações geográficas georreferenciadas, influenciando de maneira crescente as áreas de Cartografia, Análise de Recursos Naturais, Transportes, Comunicações, Energia, Planejamento Urbano, Rural e Regional, Saúde, etc.

O Geoposicionamento é um conceito inovador, que possibilita informar com precisão onde estão pessoas ou objetos que necessitam ser rastreados, proporcionando mais segurança às operações. As plataformas de geoposicionamento mais modernas permitem controlar as rotas feitas, bem como monitorar os tempos de parada por meio de mapas de fácil acesso e visualização. Além da localização, é possível realizar análise e planejamento com segurança, auxiliando na tomada de decisão nas áreas sociais, ambientais e econômicas. O ideal é que seja realmente um trabalho de equipe multidisciplinar com as informações atualizas constantemente.

* professora da Especialização em Informações Espaciais Georreferenciadas da Unisinos.


Fonte: GeoDireito

domingo, 27 de julho de 2014

Universitários aprendem sobre tecnologias espaciais

De 14 de julho a 1° de agosto, alunos de graduação de todo o Brasil estarão no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos (SP), aprendendo sobre engenharia de sistemas, projeto, montagem, testes e operação de satélites.

O “Curso de Inverno 2014 – Introdução às Tecnologias Espaciais” oferece aulas intensivas, visitas dirigidas e um estágio, oportunidade única de aproximação entre os experientes técnicos e engenheiros do INPE e os futuros profissionais do país.

Totalmente gratuito, o Curso de Inverno vem sendo realizado todos os anos, no período das férias escolares de julho, para disseminar a tecnologia espacial e despertar o interesse dos jovens brasileiros pelo setor.

As aulas apresentam desde as missões espaciais em desenvolvimento no INPE, fornecendo aos participantes um panorama de futuro em termos nacionais, até a descrição detalhada de um sistema espacial e todos os subsistemas a bordo de um satélite.

São apresentadas as diversas restrições e cuidados no projeto e construção de equipamentos, bem como os meios de qualificação exigidos para o lançamento e a operação em ambiente espacial. Também há palestras nas áreas de Computação, Ciência Espacial e de Observação da Terra.

Os universitários terão ainda a oportunidade de conhecer várias instalações do INPE, como o Laboratório de Integração e Testes (LIT), o Centro de Controle de Satélites (CCS) e o Miniobservatório Astronômico.

Segundo os organizadores do curso, o objetivo é despertar o interesse dos alunos pelas atividades espaciais, inclusive área acadêmica – o INPE oferece cursos de mestrado e doutorado em Engenharia e Tecnologia Espacial, entre outros programas de pós-graduação.

Mais informações: www.inpe.br/ci/2014

Fonte:INPE

Satélites contribuirão para a consolidação do sistema de navegação europeu

O Galileo, sistema de navegação por satélite da União Europeia, contará com mais dois satélites lançados em um foguete russo, o Soyus, a partir do Porto Espacial Europeu, na Guiana Francesa, no dia 21 de agosto.


A equipe responsável pelo lançamento finalizou os últimos preparativos para assumir o controle dos satélites.

O ponto crucial da operação acontecerá quando os dois satélites se separarem de sua fase superior, denominada fase LEOP.

O LEOP (Launch and Early Orbit Phase), é executado a partir do Centro Europeu de Operações Espaciais (ESOC), em Darmstadt, na Alemanha, e consiste em uma das fases mais críticas de uma missão. Isto se deve por se tratar de uma fase na qual os engenheiros de operações espaciais assumem o controle dos satélites, depois de serem separados do veículo de lançamento, até o momento em que o satélite é posicionado em órbita.

Se tudo ocorrer bem, o processo de LEOP levará cerca de uma semana para então o controle dos satélites ser entregue ao Centro de Controle do Galileo em Oberpfaffenhofen, na Alemanha, onde os satélites serão supervisionados.

Uma equipe conjunta da ESA e da CNES (Centro Nacional de Estudos Espaciais), agência espacial francesa, supervisionou o LEOP dos quatro primeiros satélites Galileu lançados, em pares, em 2011 e 2012.

Segundo o diretor de voo da Galileo no ESOC, Hervé Côme, o sistema Galileo e seus operadores têm estado em treinamento em uma simulação desde março.

Os satélites participaram de testes com o sistema Galileo com a finalidade de assegurar a compatibilidade com os sistemas terrestres de modo a garantir a precisão dos serviços de navegação estendendo-se para as estações terrestres distantes pertencentes à ESA e à Agência Espacial Francesa (CNES).

Com o lançamento dos satélites, a Europa avança para a consolidação de seu próprio sistema de navegação que será concorrente do GPS. 

Fonte: ESA

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Exemplo de sociedade organizada



A sociedade humana está carecendo de um modelo de democracia, e as formigas são um exemplo. “Entre as formigas, ninguém manda em ninguém”, afirma a entomologista Deborah Gordon, autora do livro Ants at Work (Formigas trabalhando), no qual procura desmentir a idéia corrente de que a sociedade desses insetos é um tipo de monarquia absolutista. A rainha, por exemplo, só leva o título, pois trabalha mais do que manda. Passa a vida toda presa num quarto escuro do formigueiro pondo ovos sem parar. É claro que tem algumas mordomias- está sempre cercada por uma escolta de soldados vigilantes e as operárias nunca deixam que lhe falte comida, mas isso é para compensar  a vida miserável que leva. A rainha não dá ordens para ninguém, cada formiga sabe o que tem de fazer pelo bem da comunidade, sem precisar de um chefe. Existem as operárias – especializadas em buscar comida. Quando uma delas sobe numa folha, usa a mandíbula, que mais parece com uma tesoura, para picotar o vegetal. Em seguida, suas patas ágeis seguram com força o pedaço da folha e o guarda e o guarda numa bolsinha na barriga, chamada gáster, que lembra a dos cangurus. Com a mesma tesoura, ela pega outra folha e a coloca nas costas, para aproveitar a viagem. E corre para a fila de volta para casa.

Para não se perderem no caminho, as operárias esfregam a barriga no chão, deixando um rastro com o cheiro da colônia a que pertencem. Formigas não falam, mas os feromônios, que são as substância que carregam odores, substituem com eficiência as palavras. No caminho para o formigueiro a operária pára na frente de outra formiga. As duas esfregam suas sensíveis anteninhas e, pelo cheiro, percebem que são da mesma colônia. Dentro do formigueiro, logo abaixo do nível do solo, há uma multidões de formigas, todas funcionárias dedicadas. Algumas passam o dia lambendo e manipulando, com suas patinhas, as larvas das futuras formiguinhas que vão nascer. Também são operarias, mas trabalham como babás, zelando pela vida das futuras formiguinhas. =)

A organização é grande, vários tipos de formigas trabalham, cada uma fazendo o que sabe sem ambicionar uma promoção ou invejar o emprego alheio. Há, por exemplo, as faxineiras e as que dedicam ao trabalho burocrático de organizar estoques de comida. Há algumas ainda mais especializadas: passam a vida a quebrar sementes ou a cavar túneis.
Um exemplo de formiga é a minúscula “lavapé”. Medindo apenas 2 milímetros, está entre as mais bem-sucedidas do mundo. Uma das razões de tanto sucesso é a implacável estratégica militar das lavapés. Elas invadem as colônias inimigas e vão espirrando ácido fórmico nos olhos das inimigas, um veneno que já matou muita gente de alergia (/tenso). Quando encontram a rainha, seguram-na com a boca e cravam o ferrão no abdome, pela lateral da carcaça. Vencida a batalha, as soldadas copiam o cheiro da rainha morta e, em pouco tempo, são aceitas pelas formigas órfãs. Os biólogos chamam as colônias conquistadas de “escravas”.

Enfim, temos que aprender com as formigas, não só no que se refere ao trabalho em equipe, mas também em termos de técnicas agrícolas, distribuição da comida, sistema político e cuidados ambientais. Quem sabe, com a ajuda delas, não possamos nos tornar mais civilizados?

#Fica a dica!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Processador molecular supera supercomputadores II



Processador molecular

Pesquisadores japoneses fizeram uma demonstração experimental de uma computação quântica que mostra que uma única molécula pode efetuar cálculos várias vezes mais rapidamente do que qualquer computador atual.
Embora outros cientistas há houvessem demonstrado que uma molécula pode substituir um transístor, agora a molécula funcionou como o processador inteiro, superando por uma larga margem os mais modernos processadores.


 Computação molecular

Em um artigo publicado no exemplar de Maio da conceituada Physical Review Letters, uma das mais importantes revistas científicas do mundo, os pesquisadores descrevem uma prova de conceito de computação molecular realizada com uma única molécula de iodo.

"As funções de onda de sistemas eletricamente neutros podem ser usados como portadoras de informação capazes de substituir as cargas elétricas reais dos atuais chips de silício," diz o Dr. Kenji Ohmori, da Universidade de Tohoku, que liderou uma equipe de várias instituições do Japão.
O cálculo realizado envolveu a solução de uma transformada discreta de Fourier, um algoritmo muito utilizado em computação, particularmente útil para analisar certos tipos de sinais.
"Nós demonstramos experimentalmente uma nova porta lógica baseada na evolução temporal de uma função de onda," dizem os cientistas.

O cálculo das transformadas de Fourier, com quatro e oito elementos, "rodou" na molécula utilizando tanto dados arbitrários quanto dados reais inseridos por uma fonte de laser pulsado.


Pouco prático

Embora a computação molecular tenha se mostrado extraordinariamente rápida, o aparato necessário para manipular a molécula é complexo, delicado e difícil de operar.
Além disso, os cientistas ainda não sabem exatamente como um processador molecular constituído por uma única molécula - ou, ainda mais complicado, por várias delas - poderia ser conectado com os periféricos necessários para construir um computador prático.
Infelizmente, moléculas não vêm com portas USB, onde se possam plugar teclados e monitores. Inserir os dados e recolher os resultados exige, além de um grande aparato de laboratório, o trabalho exaustivo de vários pesquisadores.

Esforços promissores

Ainda assim, o Dr. Ian Walmsley, da Universidade de Oxford, que não participou da pesquisa, acredita que os resultados são promissores. Ele deu sua opinião ao comentar a pesquisa, na própria revista.
Para ele, a velocidade de cálculo obtida com a molécula de iodo é tão alta que pode valer a pena dedicar esforços para encontrar formas mais práticas e simples de operar esses "processadores moleculares."



Fonte: Inovação Tecnológica

Bibliografia:
Ultrafast Fourier Transform with a Femtosecond-Laser-Driven Molecule
Kouichi Hosaka, Hiroyuki Shimada, Hisashi Chiba, Hiroyuki Katsuki, Yoshiaki Teranishi, Yukiyoshi Ohtsuki, and Kenji Ohmori
Physical Review Letters
May 3
Vol.: 104, 180501 (2010)
DOI: 10.1103/PhysRevLett.104.180501